Descubra como funcionava o Google em 2000

Qual o mecanismo de pesquisa que você usava em 2000? É muito provável que a resposta não seja o Google. Três meses antes do Google tornar-se o provedor de pesquisa padrão para o Yahoo!, os resultados de pesquisa do Google eram exibidos um pouco diferente do layout atual. Google mostrava categorias relevantes do site DMOZ, os trechos dos resultados eram mais curtos, o recurso “páginas relacionadas” era chamado de GoogleScout, o botão “estou com sorte” era adicionado a cada página de resultados de pesquisa e você podia escolher o número de resultados de pesquisa através de um menu drop-down.

Naquele momento, o Google não oferecia qualquer motor de busca especializado mas indicava uma lista de links para motores de buscas concorrentes na parte inferior da página. Naquela época, o Google indexava apenas cerca de 200 milhões de páginas da web e a empresa ainda estava à procura de maneiras de ganhar dinheiro com o motor de pesquisa.

O Google ainda abriga uma página de resultados de pesquisa datada de abril de 2000, mesmo que ligeiramente modificada, porque era uma parte de um produto-piada do Dia da Mentira chamado Mentalplex. Neste outro link é possível visualizar a página um pouco mais atualizada daquele mesmo ano.

Ainda em 2000, o Google iniciou a introdução de anúncios de texto, mas de forma muito primitiva. “O Google iniciou recentemente banners textuais em seu motor de busca, mas talvez você não tenha notado a mudança porque a maioria das pesquisas no momento não inclui um banner físico juntamente com os resultados da pesquisa”, relatou tomalak.org em janeiro de 2000.

O tráfego do Google começou a crescer a um ritmo alarmante. “O Google encerrou 1999 com uma média de 7 milhões de buscas por dia, cerca de 70.000% de aumento em comparação às 10.000 pesquisas por dia em que foram realizadas no site do Google em dezembro de 1998! Este crescimento explosivo reflete o número total de pesquisas feitas pelos usuários em http://www.google.com e através de sites parceiros corporativos. A partir de meados de janeiro de 2000, o Google já apresentava uma média de 10 milhões de buscas por dia “, segundo relatou Sergey Brin e Larry Page no boletim informativo da empresa em 2000.

Ainda não satisfeito, o Google lançou no mesmo período um programa de afiliados na qual tentava convencer os webmasters a adicionar uma caixa de pesquisa do Google em seus sites. “Ao se inscrever no nosso programa afiliado (…) você será capaz de colocar uma caixa de pesquisa do Google no seu site e começar a receber 3 centavos para cada pesquisa que você enviar para o nosso caminho.” No final de 2000, o Google já movimentava mais de 100 milhões de consultas por dia.

2000 foi o ano em que Google demonstrou ser um mecanismo de pesquisa de sucesso, mesmo que muitas pessoas imaginassem ainda qual seria sua estratégia para a criação de receita. “A empresa é inflexível, recusa a usar banner ou outros anúncios gráficos, elimina desta forma o que é o mais lucrativo em renda entre os motores de busca. Embora o Google não tenha outras fontes de receitas, como licenciamento e base de anúncios textuais, a empresa privada permanece limitada comparativamente com os seus concorrentes”, concluiu a Business Week, em dezembro de 2000. “Agora vem do Google o grande teste. Poderá a empresa se manter sem a criação de promoções que permitem aos sites comerciais a compra de elevado ranking nas pesquisas? Embora o Yahoo! tenha começado a cortar estas promoções em massa, em visão do concorrente LookSmart. Brin diz que não está preocupado : Quando alguém pesquisar por “câncer”, o que você deve indicar: o site que paga você ou o site que tem a melhor informação? Brin aposta que o site com a melhor informação vai ganhar o dia.”

Fonte: Google Operation System

Antes do Google havia o BackRub

Precursor do Google em 1996, o projeto BackRub consistia em um motor de pesquisa liderado por Larry Page no departamento de ciência da computação na Universidade de Stanford. BackRub poderia ter sido uma referência ao subjacente algoritmo que conta backlinks como votos, a mesma abordagem que depois foi transferida para o atual PageRank.

Em agosto de 1996, de acordo com uma cópia em cache do sistema BackRub feita pelo site C63.be, o número de “HTML URLs HTML” que este “mecanismo de pesquisa da web” havia indexado era de 75 milhões de páginas, e mantinha 30 milhões de páginas HTML em cache. BackRub foi escrito em Java e Python com base “em várias Sun Ultras e Intel Pentiums com SO Linux.”

Mais tarde, o sistema BackRub se transformou no “Google Search Engine”, de acordo com registros gravados pelo Archive.Org em 1997.

Fonte: Google Blogoscoped

Truques para melhorar suas buscas no Google

A ferramenta de busca do Google tem uma série de recursos. No entanto, há diversas dicas para usar melhor o buscador. É possível, por exemplo, fazer busca por arquivos específicos (exemplo: PDF, DOC, XLS), sites em específico e termos em certos domínios. Há ainda serviço de calculadora que converte medidas. Confira algumas dicas para refinar sua busca no Google.

A opção “define:” mostra a definição ou o significado de uma palavra. O Google busca em dicionários ou enciclopédias virtuais informações sobre a palavra digitada.

Para efetuar cálculos, basta colocar a operação na barra de busca e dar enter. É possível fazer subtração (-), multiplicação (* ou x) e divisão. O site também aceita 5 mais 105 ou 105 divido por 5.

O Google tem um conversor de moedas, mas os valores que ele dá são aproximados.

Com a calculadora também é possível descobrir a raiz quadrada – através da função sqrt -, realizar cálculos envolvendo potenciação ou até mesmo descobrir o seno ou o cosseno de um ângulo. Para isso basta escrever literalmente. Exemplo: cosseno de 90 ou 5 elevado a 3.

Esqueceu como transformar números decimais em romanos? Basta digitar o número e digitar “em romanos” na frente, como na imagem e dar enter.

Para converter unidades de medida o processo é parecido. No exemplo acima foi feita a transformação de quilômetros para metros. No entanto, o Google também aceita conversões do tipo: 7 g em kg, 25 graus Celsius em Kelvin, etc.

O Google tem uma espécie de hotsite dos principais sistemas operacionais existentes. Ao realizar buscas nesses endereços, o usuário encontrará dicas específicas do sistema. No exemplo acima, o google.com.br/linux foi acessado. Mas há o google.com.br/microsoft, o google.com.br/mac e o google.com.br/pda.

Outra dica clássica para fazer pesquisas no Google é o uso de aspas. Elas servem para procurar um termo exato.

Para saber a previsão do tempo de alguma cidade, digite tempo e o nome da localidade na frente.

A sintaxe “site:” faz com que a busca se limite a um site em específico. No exemplo acima, foi feita a busca de dicas no site do UOL Tecnologia.

O “filetype:” realiza buscas por tipo de arquivo. Acima, a busca foi feita por arquivos com extensão “.doc” (Word), porém, o site permite busca com extensões como PDF, XLS (Excel), PPT (Power Point), entre outras.

O “info:” dá informações sobre um site em específico. Além disso, ele permite a visualização da página no cache do Google (armazenamento temporário), buscar páginas semelhantes, páginas do site, entre outras opções.

O operador “-“, além de servir para operações matemáticas, pode ser usado na restrição de certos resultados em uma busca. No exemplo foi realizada uma busca sobre o tema teoria populacional, que não se refira a Thomas Malthu.

Páginas do Google que você nunca viu! Parte 3

Confira nesta terceira parte, mais algumas páginas interessantes do Google que continuam vivas na raiz do Google e que muita gente nunca viu!